Introcamp, parte 1

Sobrevivi! E voltei inteira, só estou falando um pouco mais de palavrão e estou com uma coisinha com o formato da África do pescoço, mas tudo está se resolvendo. Hahahahah
Aconteceu MUITA coisas e coisas inimagináveis, pelo menos por mim, e terei que tomar duas providências: dividir a narrativa em mais de um post e censurar alguns acontecimentos barra pesada para contar aqui, sorry.
A bagunça já começou no trem, entrei com o canadense e com a americana da minha cidade e vi que o vagão da frente já estava totalmente tomado por jovens de pé cantando e gritando, não caberia nem uma palha ali. Eu, assim como eles, nunca fui chegada em uma bagunça, então sentamos em outro vagão com outros norte americanos quietinhos. No meio da viagem fui conhecendo algumas pessoas, tudo muito superficial, mas encontrei com uma menina que já havia conversado pela internet.
Chegando em Randers encontrei com alguns intercambistas que já havia encontrado no aeroporto.
Durante toda a curta viagem de onibus até a escola os brasileiros foram fazendo a maior algazarra e eu sempre quieta. Chegamos no alojamento encontrei com minha colega de quarto, uma menina muito quietinha mas muito fofoqueira que me deixou por dentro de altas barbaridades.
Depois fizemos um tour pela escola e descobri que meu professor seria a coisa mais linda e charmosa do mundo! aiai...
Depois do tour tivemos um tempinho livre e fomos para piscina. Eu sinceramente não estava muito afim por causa do meu "biquine brasileiro" ainda mais depois do berro que a americana deu depois de ver o tamanho da calcinha, e olha que o meu nem é dos menores, mas por sorte tinham outras brasileiras por lá.
Depois do jantar fomos para o jardim, lá um menino tinha ligado o som na maior altura e estava tomo mundo dançando, ai começou...gente, posso falar? Funk é quase uma dança cristã perto do que vi ali! Hahahahah, exageros a parte, as brasileiras não são bem um pouco vulgares se comparadas ao jeito que as gringas dançam, sempre uma encoxando a outra ou com um menino (ou mais)agarrado na sua bunda, uma vulgaridade sem tamanho, é como se fosse um creu aglomerado, sem noção.
Um americano veio me pedir para ensina-lo a dançar e ficou atrás de mim o tempo todo para isso.
Ai já começaram a formar casaizinhos, mas cada beijinho mixo que jurava que aquilo não ia dar em nada. Engano master, dalí a pouco chegavam as notícias de quem estava no quarto de quem fazendo vocês sabem o que, as notícias chegavam assim: não posso ir para meu quarto porque fulana está com ciclano. Por fim ficamos alguns sem-quarto ou sem-vontade-de-dormir aglomerados no quarto da Jel.
No dia seguinte, fofocas proibidas para menores que me chocaram profundamente, não tinha ideia de como aquilo era, não tinha ideia de que pessoas da minha idade e mais novas faziam aquilo.
Logo de manhã começaram as aulas, e eu passei de 9 da manhã até o meio dia tentando me concentrar em outra coisa que não fossem os olhos azuis do meu professor...hahahaha, nem foi, passei esse tempo todo querendo matar uma mexicana idiota que não calava a boca.
Almoço, pão com o querido peixe melequento, e para a minha alegria eu era a única pessoa que gostava daquilo então podia comer como uma louca! Depois do almoço mais aula e depois da aula, mais piscina.
Depois do jantar tinhamos que escolher entre canto, futebol, volley e drama. Escolhi canto. É, eu sei que canto mal até, mas não sou do tipo mais esportista e teatro é uma coisa que não me pertence, ainda mais em inglês. Eu soltei a franga louca com a professora esclerosada de canto, foi muito bom.
Mais tarde, o mesmo esquema da dança e mais uma vez o americano veio "Ei! Você ainda tem que me ensinar a dançar!"
Mais notícias nada castas foram chegando e como meu quarto estava tomado de mexicanas sem-quarto por conta dos casais, fui dormir no quarto da Jel.
Lá, quase uma hora depois do toque de recolher começamos a escutar uma falação lá em baixo no jardim, quando fomos ver a louca da mexicana do quarto vizinho estava querendo pular a janela para ir no quarto dos meninos que era no andar de baixo. Nem preciso dizer que ela ia se matar né? Por sorte haviam alguns meninos com miolos e força que ajudaram ela e a amiga a descer. Foram para o quarto deles e só voltaram no outro dia de manhã.
Mais tarde, na reunião matinal de cada dia, o cara, que até hoje não sei o que ele é, avisou que descobriram o que os meninos fizeram e que pensariam na possibilidade de manda-los para casa.
Mais aulas e aulas de dinamarquês, e minha vontade de matar a mexicana da minha sala só aumentava.
Mais uma vez escolhi o canto nas atividades da noite e nós cantamos "The way you make me feel" do Michael Jackson e eu descobri que essa é a música mais chiclete de todas porque até hoje não saiu da minha cabeça!!
De noite mais música, mas dessa vez foi no ginásio. Mais uma vez o americano veio falar comigo e dessa vez resolvi dançar com ele. Gente, eu sou muito besta pra perceber se alguém está afim de mim ou não, mas no caso dele estava na cara! O menino ficava dançando pertinho de mim, ficava perguntando se a aula ia ter um "final feliz"(quanta criatividade dios mio), ficava falando que eu era linda e tal. Se fosse no Brasil o menino já teria tentado beijar a menina há tempos, mas ficamos um tempão naquele lero-lero desgraçado até que faltavam uns 20 minutos para o toque de recolher e eu perdi a paciência, falei um bye e fui saindo. Ele, finalmente, tomou uma atitude e me beijou. Gostaria, do fundo do meu coração, de dizer que foi mara, que ele tinha uma super pegada e beijava muito bem, mas nem perto. Meninas do Brasil, dêem graças aos céus porque os homens aí podem não ser altos, loiros e de olhos azuis, mas não é nem de longe a mesma coisa. (só imagino meus familiares lendo isso agora, sorry)
Minha vontade era de cair na gargalhada, só ficava imaginando como todos aqueles gringos gatos ficavam no chinelo quando o assunto era beijo. Eu, delicadíssima que sou, falei:
-Nossa, é diferente né?
Mas na verdade pensei:
"PQP, sério que você ficou me cozinhando esse tempo todo pra isso?"
-Porque? É pior?
-Não, só diferente
Mas na verdade pensei:
"Pior? Desculpa, mas nem comparação tem!"
Depois disso a situação foi melhorando gradativamente.
O que achei engraçado foi o que ele me perguntou depois:
-No Brasil, no dia seguinte de uma festa, vocês costumam falar com a pessoa que te beijou?
-Claro! Por que não?
-Porque nos EUA agente não faz isso, nem olha na cara no dia seguinte.
Que terror.
O mais engraçado era que ele não parava de falar que ele não acreditava que eu tinha ficado com ele, não acreditava que iria estar como uma menina como eu, vai saber o que queria dizer com isso, e vivia me perguntando se eu estava bêbada porque ele não queria tirar vantagem de uma bebum, nobre. Eu não havia botado uma gota de alcool se quer na boca, mas sei lá se estava no meu juízo perfeito...mais tarde vocês saberão porque.
Estava na hora de ir para os quartos. Ele na maior cara de pau me chamou para ir para o dele. Eu como não sou boba sabia que não era para outra coisa se não o que todos andavam fazendo por ai. Disse que não e pronto. Fui para o quarto na certeza que nunca mais ia falar com Jake, ainda mais depois de não...vocês sabem.

Gente, tenho muita para contar ainda e estou louca pra isso! Mas viram o tamanho que ficou esse post? Se contar tudo de uma vez ninguém vai ler, se é que vocês leram tudo até aqui!
Desculpa não escrever ontem, mas estava mortinha mortinha, fiz de um tudo nesse Introcamp, menos dormir!
Estou morredo de vergonha de escrever essas coisas aqui, ainda mais depois que minha mãe me disse quem anda lendo meu blog, mas é meu dever contar para os meus queridos amigos bloggeiros que sempre vem aqui tudo(ou quase tudo) que anda acontecendo por aqui.

Deem um presente para seus olhos, clique nessa foto e veja esse pedaço de mau caminho ao meu lado! hahahahhaha NÃO é o Jake, depression

Estava só começando!

Invasão do argentino no quarto das meninas ao lado

Meu professor de dansk, estraaaaagoooo

Eu, super prestando atenção...na minha caneta