1.8 na Dinamarca- O final de semana


Meu aniversário não ficou restrito só ao dia 10, lógico que eu tinha que comemorar com minhas amigas intercambistas não é? E elas vieram, mesmo morando longe, mesmo pagando uma nota, mesmo parecendo que o final de semana ia ser uma furada elas vieram!
A Naty chegou na quinta de noite, conheceu minha família e nos divertimos bastante. Na sexta eu não tinha aula e fomos para Odense, lá encontramos com Jel e Maya e mais tarde com nossos newbies e umas meninas da AFS. Newbies são os meninos que chegaram em janeiro e nós somos os oldies deles. Como eu não fui ao encontro do Rotary eu não conhecia ninguém e lá encontrei o Vitor, a Inez, Amanda e Gustavo, todos umas gracinhas.
Ainda na estação Naty e Jel me deram um tanto de presentinhos cheio de significados para meus 18 anos e nossa amizade, lindas lindas.
Mais tarde andamos um pouco por Odense e encontramos com o Guilherme. Eu na verdade nem sei como eu conheci esse menino, acho que um dia ele começou a me seguir aleatoriamente no Twitter e começamos a conversar. Ele saia muito com meus oldies, que eu mal conversava (sim, sou anti-social) e mora em Odense em uma faculdade internacional.
O motivo pelo qual ele estava lá para nos buscar, era que na maior cara de pau nós pedimos para arrumar na casa dele.
O plano era: arrumar na casa do Guilherme, ir para festinha da escola dos newbies e ir para o Australian Bar, mas o papo na casa dele estava bom, tinha um monte de gente diferente e resolvemos ficar por lá mesmo até a hora do bar.
Conversamos e rimos muito, tanto que esquecemos da hora e tive que me arrumar em 2 minutos, saindo de casa a cara da bala que matou John Lennon.
No bar encontrei com Rasmus e Casper da minha escola. Lá também estavam as meninas da AFS e dos Newbies que chegou depois. Conversei muito com os meninos de Oure e dancei muito com Rasmus, ele é muito engraçado.
Tínhamos combinado com minha família de voltar no ônibus das 1:45 pra casa, cedíssimo, mas era outra cidade e eu tinha mais 3 meninas sob minha responsabilidade. Bem antes da hora comecei a catar as meninas, uma em cada canto da boate e fomos pegar as bolsas para sair. Eu não fazia a menor ideia de como chegar na estação de ônibus, muito menos as meninas, por sorte Rasmus foi um anjo e disse que ia encontrar com a namorada por lá e poderia no levar.
Imaginem a cara da menina dele quando viu o namorado com 4 brasileiras no meio da noite! Deu até dó, só me restou dizer "olhe, seu namorado é um anjo".
Finalmente chegamos na estação e para alegria geral da nação conseguimos chegar a tempo...de ver o ônibus saindo! SIM! Perdemos o ônibus da madrugada! O próximo sairia só dali uma hora! Minha família ia me cozinhar viva se eu não chegasse na hora. Resolvi mandar uma mensagem pra eles falando o que estava acontecendo.
Naquele frio, com o risco de perder a confiança da minha família, sabendo que nada disso tinha sido minha culpa e que eu tinha me stressado em vão, eu comecei a ficar muito bavra com as meninas, falando que elas deviam ficar de olho na hora também, que eu não era a única que deveria tomar conta de todo mundo alí. Elas se sentiram mal e resolveram pagar um taxi pra mim. Vale contar que taxi aqui é suuuuuper caro e eu moro em outra cidade! A viagem sairia por umas 800 coroas! Mas elas resolveram pagar mesmo assim e fomos. Já no meio da viagem meu host pai mandou uma mensagem dizendo que não tinha problema algum eu pegar o próximo ônibus. Tarde de mais...
No dia seguinte passamos a maior parte do dia em casa e de noite minha família fez um jantar pra mim. Eles não dominam muito a arte da culinária e não sabem o que é comida brasileira, o que eles conseguiram fazer foi uma carne moída com feijão, arroz, nachos e salada, eu amei!
Depois fomos para escola porque as meninas estavam doidas para conhecer Oure que eu tanto falo. Eu sabia que haveriam pouquíssimas pessoas lá já que a maioria estava em casa e que não seria tão legal, então o combinado era ficar um tempo lá e pegar o ônibus da meia noite para festar na cidade.
De fato a escola estava vazia, haviam apenas algumas pessoas do Gymnasium, entre elas só duas meninas. Mesmo assim minhas amigas amaram, também, as bresileiras foram a atração da noite. Gostaram tanto que nem queriam sair de lá. Mas eu tinha prometido pra Camilla que a encontraria lá e já faz um bom tempo que ela me chama pra sair e eu não vou e ela queria muito mesmo me ver e me dar meu presente de aniversário. Diante disso as meninas resolveram inventar que uma de nós estava passando mal e que nós iríamos para cidade mais tarde do que o horário combinado. Parecia dar certo, mas dalí a uns 5 minutos Camilla me liga "consegui um amigo pra te buscar de carro, chegaremos ai em 10 minutos" Choquei né? Mas aceitei, pelo menos serviu pra economizar no ônibus.
Quando ela chegou tive um sensação muito estranha, a Camilla era minha amiga de Svendborg, as meninas minhas amigas intercambistas e o pessoal de Oure era da minha escola. Esse três nunca tiveram nenhuma conexão e de repente, naquele momento estávamos todos juntos no mesmo lugar, minhas três "vidas" da Dinamarca estavam ali. MEDO.
Depois fomos para cidade.
Lá na boate estava como sempre mas eu estava muito cansada, não entendia porque. Assim que cheguei em casa percebi que estava era muito doente (e estou até agora).
No dia seguinte fui para Odense com as meninas e lá encontrei com Guilherme, Gustavo e Jéssica da AFS. Conversamos um pouco e voltei pra casa...morta!

Na estação com os newbies e meus presentes

Australian bar

Rasmus que nos salvou

Minha família linda

Oure

As melhores