Berlim- O início

VOLTEIII! Na verdade eu voltei tem uns 3 dias já, mas só agora tomei vergonha na cara de vir aqui atualizar. Eu me odeio por não atualizar isso aqui.
Antes do Eurotour rolou bastante coisa, altas festas e o último dia de aula, mas nem rola de contar mais.
Bora contar do Eurotour.
No dia 20 de maio eu acordei cedinho, super cansada por ter arrumado a mala de última hora até 3 da manhã, peguei o trem e encontrei com alguns intercambistas para o começo da melhor viagem de toda minha vida.
Passamos de Fyn para o sul da Dinamarca pegando cada vez mais gente e no final éramos cerca de 65 jovens entre 15 e 19 anos com um só destino: se divertir o máximo possível pela Europa!
Primeiro destino: Berlim.
Depois de horas de viagem na maior animação (da parte dos latinos pelo menos), chegamos à capital da Alemanha. Foi estranho chegar num país onde eu não entendia um A do que eles falavam, e era pior que na Dinamarca porque lá eles nem falam bem inglês.
Chegamos no Hostel e descobrimos que o lugar era uma droga e teríamos que dormir em quartos de 6 pessoas (se soubéssemos o que viria pela frente acho que não teríamos reclamado naquele lugar). Já não bastasse a comida de presídio do lugar (purê de batata e molho de carne, só!) ainda tinham uns japas safados mexendo com agente.
Logo demos um jeito de sair dali e ir conhecer a cidade.

Nosso hostel da floresta

Um dos intercambistas nossos conhecia uma intercambista da Alemanha e ela nos levou ao centro e nos ensinou como andar lá.
Já na estação central vimos uns blocos de dominó gigantes que fizeram parte da comemoração dos 20 anos da queda do muro de Berlim. Compramos uma cerveja(eu disse UMA, pô, Alemanha né?) e fomos pra cidade. Vimos o parlamento, o portão de Brandeburgo e o monumento do Holocausto. Iríamos ver tudo isso pela manhã, mas de noite é outra coisa.

Os dominós na comemoração dos 20 anos da queda do muro...

...e eu na estação com um deles

Brandeburg by night

De manhã acordamos cedo e fizemos um city tour com o ônibus nos pontos mais importantes e mais tarde fomos a catedral de Berlim ouvir uma missa. Eu não gosto de missas, eu nem sou católica na verdade, mas foi um prazer estar naquele lugar. A igreja era maravilhosa e as missas protestantes são cheias de lindas músicas tocadas no órgão. Naquele momento me senti abençoada, eu estava na Europa, tem noção? Eu estava tento a oportunidade de ouvir (mesmo não entendendo bulhufas) uma missa na maior catedral de Berlim! Berlim mano!!

Monumento do Holocausto

Catedral maravilhosa de Berlim


Depois da igreja, tempo livre, ai que a aventura começou!
Fomos eu, Jéssica, Ana, Amanda (vulgo Anja) e Rennê destinados a achar o muro de Berlim. Mas como? Morando tanto tempo na Dinamarca estávamos desacostumados com cidades verdadeiramente grandes. Foi aí que Jé teve uma ideia que virou o lema do nosso Eurotour: pergunta no hotel! Gente, dica, isso funciona! Eles sempre tem mapas e sabem de tudo e você não tem que pagar por isso porque eles nunca vão saber se você está no hotel ou não. Se bem que naquele dia o cara devia saber porque estávamos um lixo e o hotel era fino.
Mesmo assim o cara foi um amorzinho e nos ensinou o caminho. Alguns trens e chegamos no muro. Um muro pequeno, cinza e com umas cercas envoltas "poxa, não dá nem pra encostar?". Foi aí que eu descobri que não existe apenas um pedaço do muro de Berlim restante (deeeer Luiza). Tiramos algumas fotos e voltamos para o centro.

Muro de Berlim

O tio do hotel deve ter morrido de rir por dentro ao nos ver de volta:
-Não tem outro muro não?
-Tem, esse era só o mais próximo
-Tá, qual é o mais legal?
-Tem um aqui, que você pega esse trem, depois esse metrô
-Agente pode encostar?
Daí o tio riu de verdade
-Pode, pode
E lá fomos, esse era longe mesmo.
Quando chegamos vimos que era enooooooorme cheio de pinturas de um lado e de outro todo branco, nem deu pra ver o muro todo de tão grande e dava pra encostar!! hahaha

Outro pedaço do muro

Depois fomos em direção a rua mais famosa de lá, com lojas chiquérrimas e onde tinhamos notícias de uma churrascaria brasileira, o povo tava seco por uma picanha.
No trem pro lugar de onde achávamos que era a rua encontramos alguns hablantes (leia-se latinos que não são brasileiros) que íam em direção ao estádio onde ocorreu a copa do mundo de 2006, lógico que fomos junto não é?
Lugar enorme e maravilhoso! Nunca imaginei que um dia estaria alí!



Depois voltamos ao nosso rumo.
Não sabíamos exatamente onde era a rua e resolvemos andar pra achar. Com muita pergunta e um mapinha capenga quase rasgando na mão achamos a bendita rua, mas não o restaurante, a rua era enorme.


Depois de muito andar e reclamar da nossa pobreza achamos o bendito lugar, chegando lá a facada: 30 euros pra um jantar! Isso pode não parecer muito, mas pense em EURO! E pense que somos intercambistas pobres que ganham 5 euros pra comer cada dia. Eu e Anja desistimos na hora e os meninos resolveram fazer a caminhada valer a pena. Como até pra sentar tinha que pagar 10 euros eu e Anja fomos pro bar do lugar. Chegando lá o barman já gritou "brasileiras?". Pois é, brasileiro tem em todo lugar! "Olha, eu não devia abrir agora, mas não devia estar fumando nem bebendo aqui então se vocês não contarem pra ninguém tá de boa."
Ele ligou o som, colocou o carnaval na televisão e ficamos por horas conversando.

Brazucada na Alemanha

Mais tarde voltamos pro hotel felizes da vida prontos pra novas aventuras.
Próximo destino? República Tcheca, Praga!

Cinco intercambistas e muitos trens por Berlim