Paris!!


Saímos de Avignon bem cedo, eu com uma ressaca sem fim da noite anterior sentei na primeira poltrona que pude alcançar e dormi. Pelo jeito todo mundo estava na mesma situação porque estava um silêncio terrível naquele ônibus.
Nosso ônibus tinha uma guia muito fofinha, ela era bem velinha e parecia a vovó de todo mundo, mas as vezes ela falava de mais, falava de cada detalhe de cada cidade. Nesse dia, 7 da manhã, todo mundo morto, dormindo, ela do nada pega o microfone e diz:
-Bela escultura a nossa direita!
PQP! Palavrões foram ditos nas mais variadas línguas.
Nosso destino era a cidade luz, PARIS! Chegamos ao nosso destino no final da tarde e a primeira vez que avistei a torre Eiffel foi de tirar o fôlego. Ver aquela torre, no fundo daqueles prédios e cafés tão charmosos, não parecia real.

Sair para vez a cidade só no dia seguinte. Fomos direto para tão esperada torre. Depois passeamos pelos pontos turísticos mais importantes (arco do Triúnfo, Notre Dame, obelisco, etc). Paris é uma cidade linda, mas lotada de gente, não só turistas como os moradores de lá, que além de muitos são uns loucos barbeiros que estacionam em qualquer lugar e fazer do trânsito um inferno! E olha que eu moro em Belo Horizonte e aqui não é tão organizado assim.

Feliz? Não imagine!

Notre Dame

Obelisco

Depois tempo livre. Eu estava louca para conhecer o Louvre e lá fomos nós.
O lugar é lindo e gigantesco! Segundo a vovó tagarela se você entrar no Louvre e olhar durante 20 segundos para cara peça, você gasta 9 MESES para ver tudo!!!! É uma gestação de arte gente! Como eu tinha apenas algumas horas resolvi ver o mais importante: Mona Lisa! Achar o famoso quadro foi tranquilo, difícil foi chegar até ele. A obra fica em uma sala com outros quadros, mas tem uma parede só pra ela, um cercadinho a metros de distancia dela e um vidro master grosso a sua frente, se não bastasse o cercadinho (que eu derrubei por sinal :p) e o vidro, ainda tinha um mar de gente pra ver aquele quadro minúsculo. Na internet e por livro dá pra ver bem mais detalhes, mas só de estar na frente da coisa real, eu já me senti super bem!
Demos algumas voltas pelo Louvre e lá é um encanto, mas cansa de maaaaaais, e olha que não vimos nem um décimo do lugar!

Louvre

Mona Lisa

e a galera pra vê-la

Depois fomos fazer compras e mais tarde encontramos com o resto do grupo para um passeio de barco no famoso Rio Sena durante o pôr-do-sol. Foi tudo muito lindo! Vimos as luzes da torre acendendo, as pessoas tomando vinho ao redor do rio...tudo muito Paris. Certa hora estávamos chegando na ponte Marie, uma das mais lindas do rio, a mulher que nos guiava disse que se era a primeira vez que você visitava Paris você deveria fazer um pedido e dar um beijo na pessoa ao seu lado. Como era minha primeira vez em Paris eu fiz o que mandava a lenda hahahahahah só não conto quem estava do meu lado.

A tal ponte

O dia seguinte era dia livre, tínhamos tudo planejado, iríamos acordar cedo para fazer render o último dia em Paris, mas assim que acordamos percebi que o plano ia babar.
Nossa guia nos chamou para o meio da rua e jogou a bomba: 10 pessoas teriam que sair daquele albergue e ir para outro! Sei lá que merda que o Rotary arrumou pra isso acontecer. Daí ela começou a falar os nomes dos azarados: umas americanas, umas americanas, um canadense, Jéssica, Gabriela, Amanda, Ana e LUIZA! Como assim? Eu e as meninas ficamos chocadas, por que raios nós eramos as únicas brasileiras que tinham que separar? Porque só tinha mulher (e um homem) naquele esquema? E quem deu o direito a eles de me colocarem num buraco separada de todo mundo quando eu paguei o mesmo que eles?
Fiquei puta da cara, mas não deixaria aquilo me abalar no meu dia livre em Paris, levei minhas coisas para o novo Albergue. Primeiro tapa na cara: O lugar era looooonge! Entramos no Albergue maaaaas, segundo tapa na cara: nossos quartos não estavam liberados ou seja, colocamos nossa bagagem em um quartinho confiando em pessoas que nunca tínhamos visto para cuidar das nossas coisas! Terceiro tapa na cara, ficaríamos em quartos separados, e detalhe, só as brasileiras estavam com esse problema porque as gringas conseguiram ficar juntas!
Passada a raiva e a confusão já era meio dia, adeus manhã em Paris, ok.
Resolvemos ir ao Montmartre, minha mãe vive falando desse bairro que é um charme e lá é o Moulin Rouge. Eu não sei qualé-quié o charme que minha mãe achou naquele lugar, mas tudo que eu vi foi um tanto de sex shop, museus do sexo e afins, e claro, o famoso moinho vermelho. De fato o cabaré é um charme mas como não dava pra entrar tinha pouco pra ver além da faxada do lugar. Como eu não queria perder a viagem nem todo o trabalho de chegar até lá (aliás, o metro de Paris é uma loucura de se orientar) resolvi entrar num sex shop, mas nada muito vulgar, era um bem a lá cabaré antigo, peguei uns espartilhos e vesti todos! Me senti a dançarina de cancan hahaha

Moulin Rouge (estava ventando de maaaaais)


Depois do Moulin Rouge fomos para a Ópera de Paris. Emocionante!!! A lenda do fantasma da ópera acontece lá e eu sempre via DVDs de ballets do lugar e era exatamente como imaginava, mas ainda mais bonito e grandioso, só achei o teto do teatro um desastre, eu sempre imaginava uma coisa clássica bem pintada, mas quando olhei para o alto vi uma pintura mal feita, meio moderna....era pra ser algo do tipo atualizado e tals...mas come on!! Aquele teatro é todo clássico e colocam aquela cagada moderna no teto?
Um dos salões da Ópera de Paris

O teto bleh

Passado o momento revolta com o teto fomos fazer compras e marcamos de encontrar mais tarde na torre pra fazer alguma coisa de noite. Voltamos ao albergue para nos arrumar e quarto tapa na cara: além de nos colocarem em quartos separados estávamos com pessoas desconhecidas, a minha sorte é que eu fiquei com mais três meninas, mas minhas amigas estavam dividindo quarto com homens, a Gabi estava em um quarto só com homens!!! Responsabilidade Rotary my ass!
Com toda a confusão chegamos tarde na torre e descobrimos que o último trem pro buraco de onde era o albergue sairia meia noite, ou seja, só deu tempo de subir na torre e voltar, e quase perdemos o último trem! Além de ser longe, não tinha NADA aberto perto do albergue e ficamos zanzando pelas ruas vazias e acabamos em um bar árabe comendo sandwich de kebab, ou seja, Rotary cagou na minha última noite em Paris.

No alto da torre