Lugares que Nunca Sonhei - Por Luiza Padovezi

Gopro no chão, controlando pelo celular Há alguns meses eu perguntei no meu Instagram qual era o principal motivo que impedia as pessoas de viajar.  Os principais problemas apontados foram: Falta de dinheiro e falta de companhia. Eu escrevi sobre dinheiro há alguns posts atrás, e hoje venho falar um pouco sobre viajar sozinha. Olha migos, eu não sei se sou a melhor pessoa para conversar sobre isso, minha experiência viajando sozinha não é tão vasta como eu gostaria. É que eu vivo uma situação quase que contrária: tenho mais companhia pra viajar do que dias de férias. Tenho a imensa sorte de ser rodeada de pessoas que amam viajar para os mesmos lugares que eu, olha que beleza! Tive poucas e pontuais experiências, mas mesmo assim gostaria muito de ajudar, ou, quem sabe, até mesmo inspirar, quem morre de vontade de ganhar esse mundão, mas está apenas esperando a companhia certa. Você não precisa ir para o outro lado do mundo, as vezes você só quer um fim de semana na cidade v

Palácio dos Leões Essa foi a pergunta que eu fiz ao Google insistentemente nas últimas semanas antes de viajar e sempre recebia as mesmas respostas genéricas. Também recebi respostas desanimadoras de pessoas que já conheceram a cidade, e essas respostas sempre vinham acompanhada da pergunta: mas você não vai conhecer os Lençóis Maranhenses? Não, eu não iria. Eu já conheço os Lençóis e dessa vez realmente estava querendo dar uma chance à capital maranhense, já que quando passei por lá, quando fui à Barreirinhas (cidade base para os Lençóis) em 2011, eu fiquei um pouco desanimada com o estado da cidade de São Luís. E partindo do princípio que todo lugar tem sua beleza, eu realmente queria conhecer o lugar. Passamos três dias em São Luís do Maranhão, mas o primeiro dia foi quase todo destinado à uma visita técnica que fomos fazer, então de passeios mesmo tivemos apenas dois dias, e foi isso que fizemos: 1. Banho de história no Centro Histórico de São Luís Essa foi a única

Ah o Pará! Estado mágico que é uma viagem dentro da própria viagem. Um lugar que é tão Brasil, mas tão Brasil, que quase parece outro país. E se essa frase não fez o menor sentido pra você, é porque você nunca esteve por lá. Já falei sobre a capital do estado, Belém, no post anterior e hoje é dia de falar da Ilha do Marajó, conhece? É a maior ilha fluvial do mundo, banhada pelo Rio Amazonas e o Oceano Atlântico. Outra curiosidade de lá é que a ilha habita mais de 600 mil búfalos É o maior rebanho do Brasil! A quantidade desses animais supera os habitantes humanos, que não passam de 550 mil em toda a ilha, olha que loucura!  Mas essas particularidades da ilha acabam sendo meros detalhes, já que a verdadeira magia da Ilha do Marajó vai além de fatos e dados, está na vivência, e eu vou te contar o que eu vivi em 3 dias por lá. A maioria dos viajantes escolhe entre Soure ou Salvaterra para ficar, mas todas as experiências que vou contar aqui foram em Soure, a cidade que esco

Se você me acompanha pelo instagram já deu pra perceber que eu AMO o Pará, não é? E eu não sou a única! Não conheço uma pessoa que visitou esse estado de coração aberto e não se apaixonou. E foi a sua capital, Belém, que me deu o cheque mate para amar o lugar para sempre. A minha história com o Pará é antiga, em 2010 pai morou em Carajás, uma vila no meio de uma reserva da Floresta Amazônica. O lugar é realmente incrível e é emocionante estar no meio da floresta, mas as pessoas que moram por lá foram transferidas de várias partes do país e lá definitivamente não tem cara de Pará e tudo é em função da floresta. Meu pai voltou agora a morar em Carajás e visito o vilarejo sempre que possível. No ano passado tive a oportunidade de finalmente conhecer Belém e quero dividir um pouquinho da experiência incrível que é essa cidade. Por que sim, mais que pontos turísticos, Belém é uma experiência que deve ser vista, comida, dançada, cheirada e VIVIDA. Sem mais delongas, vamos às

Lição nº 03 Guardar sempre para viajar mais O terceiro mochilão parecia que não viria tão cedo. Eu estava ralando de verdade para conseguir formar na faculdade e mudei algumas vezes de estágio. Não dava pra saber quando teria férias ou se teria um tempo para planejar uma viagem. Nesse momento eu já tinha adquirido um hábito bem sólido de guardar dinheiro. Sabia exatamente quanto dava pra guardar todos os meses e assim que o salário caía na conta eu já mandava a parte reservada pra viagem direto pra poupança e não mexia mais lá. Era como um boleto que vencia no mesmo dia do meu pagamento e eu nem contava mais com esse dinheiro pra viver. Agora, como eu não tinha nada planejado eu poderia parar de guardar dinheiro, certo? Errado! Apesar de não ter perspectivas de viagens eu continuei guardando a mesma quantidade de sempre, afinal, já estava acostumada a viver com o dinheiro que me sobrava e já estava habituada a economizar, por que não continuar? Foi então que em Ma

Vou começar esse post com aquele aviso amigo: não sou especialista em absolutamente nada do que eu estou falando e muito provavelmente estou tão perdida quanto você que lê esse post. Mas o que eu vou te contar aqui é o que aconteceu comigo e o que eu aprendi com as experiências que tive quando o assunto é dinheiro para viajar. Essa é ou não é a maior curiosidade quando o assunto é viagem: de onde vem o dinheiro de quem viaja muito? Outra coisa que precisamos entender é que a realidade de cada um é diferente. Prioridade de vida é uma coisa muito pessoal (óbvio) e o que funciona para mim  pode não se encaixar na sua vida, e tá tudo bem! E por último, mas não menos importante, estou ciente que venho de um contexto privilegiado; ainda moro com meus pais e não preciso pagar as contas da casa, mas essas dicas servem pra vida, não só pras viagens que fiz. Mas qual o objetivo desse post então? Te inspirar, talvez? Ou talvez te dizer que é possível viajar com pouco dinheiro,

Chegou a tão esperada (por ninguém) hora de revelar tudo sobre o arquipélago de San Blas, o motivo que me fez ir para no Panamá, um país que eu pensava que não ia conhecer tão cedo. Esse lugar que mais parece descanso de tela do windows, o paraíso tão perto do Brasil, mas que poucos brasileiros ouviram falar. Mas antes de explicar tudo, eu preciso dar alguns recadinhos do coração: Primeiro, eu entendo que esse destino não é pra qualquer pessoa, exige um pouco de desapego. Não tem internet, não tem água quente, a água é salobra, o banheiro é compartilhado, a acomodação tem chão de areia, a comida é feita pelos índios, tem energia elétrica por apenas algumas horas e é tudo BEM rústico. Tudo bem se não for seu tipo de viagem, não precisa se forçar a nada. San Blas só faz sentido se você estiver confortável com essas restrições, porque essa simplicidade extrema das ilhas e a convivência com os índios Kunas são partes super importantes da experiência. Se seu objetivo é só visitar b