Três dias em Hong Kong

Hong Kong foi mais um bônus maravilhoso dessa nossa viagem. A princípio era só uma maneira de deixar o trajeto China/Tailândia mais barato, mas foi um dos pontos altos da viagem.

Chegamos em Hong Kong tarde da noite, muito cansadas, e só deu tempo de pegar o ônibus do aeroporto até o hostel e apagar.

O nosso hostel foi o Golden Island, era na verdade uma Guest House num prédio bem antigo e bem bizarro, com funcionários que não falavam nada de inglês e de quartos bem apertados, mas que foi uma ótima escolha pelo preço. O preço de hospedagem em HK é meio absurdo, e pela segurança, preço e limpeza do lugar, recomento muito o Golden Island.
Chuva chuva chuva

Dia 1:
Acordamos com uma chuva horrorosa, e pra piorar eu estava MUITO gripada.O jeito foi colocar minha jaqueta maravilhosa salvadora de vidas na chuva e tomar coragem. Pra gripe eu parei na primeira farmácia que vi, e são muitas, e resolvi experimentar algo da medicina oriental pra melhorar meu estado. Comprei o famoso tiger balm e fui bater perna.

Andamos muito, sem rumo mesmo, tudo era motivo para ficarmos encantadas, principalmente os supermercados e as lojas de cosméticos. Fizemos um super turismo de mercado, mesmo não comprando nada, mas é incrível conhecer os produtos do dia a dia de pessoas do outro lado do mundo.

Primeira parada foi o Ladie's Market, uma feira a céu aberto que acontece todos os dias e vende de tudo um pouco, desde souvenires até relógios falsificados e fantasias de panda. Os preços são bem bons e os vendedores são menos agressivos que em Xangai, o que não quer dizer que eles são fáceis de dispensar

Segunda parada foi o Mc Donald's do futuro que na verdade é um novo modelo da loja batizado de McDonald’s Next. O lugar é bem diferente das lojas que estamos acostumados. O visual é mais moderno, você pode fazer seu pedido através de telas touch e a cozinha é toda aberta, de maneira que vemos como todos os alimentos são preparados. Além disso é possível criar seu próprio sandwich com os ingredientes de sua preferência. Depois de certo horário tem até garçom!
E ai? parece um Mac?

Depois fomos até o The Peak, que teoricamente é a melhor vista da cidade, mas que pra gente de nada serviu, porque além de estar chovendo, a serração estava bem baixa, de maneira que a melhor vista de Hong Kong pra nós foi um lugar bem branco e molhado. Se o tempo não tiver bom nem preciso ir pra lá, é um passeio de bondinho bem legal, mas não tem nada além de um pequeno shopping além do mirante que pra gente foi furada. Além disso é meio caro subir de bondinho, por volta de 30 reais. Mesmo se o tempo tiver bom, meu conselho é subir de bondinho e descer andando pelo parque.

O Hong Kong Park, ao lado do The Peak, é um lugar bem interessante e tem um viveiro de pássaros enorme com entrada gratuita, mas não conseguimos ir porque fica aberto até 17:00. Mas o parque em si já é um passeio imperdível.

Que tal essa bela vista?
Passeamos mais um pouco pela principal rua de compras de HK e terminamos o dia no porto onde todos os dias há um show de luzes e música. Na verdade é um show que envolve várias partes da cidade, com vários prédios que acendem luzes coloridas sincronizados com música, mas é do porto que se tem uma melhor vista. Dependendo do dia o show é em inglês, mandarim ou cantonês. Assistimos em cantonês, o que não atrapalhou em nada já que o mais legal era ver os prédios dando um show de tecnologia ao som da música.

Dia 2:
Acordamos bem cedo e fomos direto pegar o cable car para Lantau Island onde fica o Big Budha. O bonde que nos leva até a ilha é um dos maiores do mundo e você tem a opção de pegar cabine de cristal ou normal, a de cristal tem o chão transparente que dá uma emoção bem legal, mas é um pouco mais cara, por volta de 65 reais. Pegamos a de cristal e só essa parte do passeio já foi extremamente emocionante porque além de ser um lugar lindo, dá pra ver o Big Budha sentado do alto de sua montanha e eu juro que quase chorei de tão lindo.

Chegando na ilha há diversas coisas pra conhecer, inclusive um mosteiro lindo, mas como o dia estava corrido fomos direto para a atração principal. Chorei, muito, quando cheguei aos pés do Buddha. A emoção de estar ali, cercada de uma natureza exuberante e de dezenas de pessoas cantando e prestando homenagens é indescritível, me senti a menina mais sortuda desse mundo. Pra minha surpresa a grande maioria das pessoas que estavam lá eram budistas que foram prestar homenagens, turistas como nós eram minoria, o que deixou a experiência ainda mais rica.

Depois fomos direto pra Disney de Hong Kong, sim, foi um dia metade oriental e metade ocidental, mas somos Disney Freaks, o que podíamos fazer? A entrada custa 90 dólares americanos. A Disney de lá não é grande como a da Flórida, por isso deu para visitar praticamento todos os brinquedos mais legais em meio dia. A disposição do parque é bem parecida com qualquer Magic Kingdom, mas é interessante ver a diferença no estilo dos shows, os personagens preferidos, entre outras coisas. Era a Disney de sempre, mas o público dá uma cara diferente ao lugar. Uma diferença desse parque é que existe uma área separada para Toy Story e o melhor brinquedo fica lá.

Após o tradicional show de luzes, e depois dos fogos no Castelo, voltamos mortas com farofa para o hostel.



Dia 3:
Nosso planejamento era ir ao Ladie's Market nesse último dia e deixar o big budha no primeiro para poder aproveitar melhor, mas como o primeiro dia foi todo de baixo de chuva, tivemos que fazer as coisas mais urbanas primeiro.

Nosso voo era de tarde e o dia acordou ainda mais chuvoso que o primeiro, a única coisa que conseguimos fazer foi comprar umas lembrancinhas, almoçar e tomar MUITA chuva. Resolvemos ir de metrô para o aeroporto, o que se mostrou um pouco mais complicado que imaginávamos então foi bom reservar um tempo extra para isso.

Hong Kong é um lugar que eu voltaria sem pensar duas vezes, de prefência com mais tempo. É uma mistura maravilhosa de China e Nova York com um charme que é só deles, e tudo valeu muito a pena.
Chuva e peso